O Biogás é uma mistura gasosa combustível, incolor, geralmente odorífico, insolúvel, de baixa densidade, produzido através da digestão anaeróbia, que consiste na decomposição de resíduos orgânicos na ausência de oxigênio, tendo como produtos finais metano (CH₄), dióxido de carbono (CO₂) e traços de outros gases. Sua composição específica irá depender da matéria prima com potencial de produção de biogás.

Composição média do Biogás

Principais matérias-primas capazes de produzir Biogás

A coleta e utilização do biogás são partes importantes do processo de digestão anaeróbia. O biogás produzido pode ser recuperado e usado de várias maneiras como: alimentar uma caldeira para aquecimento da planta, utilidades, entre outros; alimentar um gerador de motor para gerar eletricidade; servir de gás para alimentar fogões industriais e domésticos.

O sulfeto de hidrogênio (H2S), presente no biogás, possui odor desagradável, é perceptível aos humanos em concentrações abaixo de 0,5 ppm, ficando prejudicial à saúde em níveis mais elevados e, também, torna o biogás altamente corrosivo, sendo necessários cuidados especiais ao selecionar o material dos equipamentos que entrarão em contato com este fluido no processo de manuseio. O metano (CH4), por sua vez, é um gás inflamável, inodoro, de temperatura de autoignição de 550 °C, com poder calorífico de 8.600 kcal/Nm³, indutor do efeito estufa, e seu potencial destrutivo é 25 vezes maior que o gás CO2. Por este contexto, se faz necessária a destruição do biogás para garantir um ambiente seguro e protegido.

Os queimadores de biogás ou flares são equipamentos amplamente usados como medida para o abatimento do Biogás oriundo do tratamento de esgoto e de efluentes. Essencialmente, o biogás é coletado e encaminhado para um queimador onde ocorrerá a queima e conversão do gás metano (CH4) em gás carbônico (CO2), reduzindo-se, assim, os gases do efeito estufa, toxicidade e inflamabilidade do ambiente.